21 junho 2009

LANÇAMENTO DO PROJETO

DIA DO LANÇAMENTO DO PROJETO A ÁGUA QUE A GENTE QUER

INFORMATIVO DA ESCOLA RUY AZEVEDO




APRESENTAÇÃO DO PROJETO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL “A ÁGUA QUE A GENTE QUER”

A escola Ruy Azevedo, localizada na estrada do Amapá km 05, juntamente com a comunidade local e parceiros (SEMA, SEMEIA, IMAC, AMPREA) estão desenvolvendo o Projeto “A água que a gente quer”, o qual foi vencedor do concurso nacional Prêmio Minha Comunidade Sustentável realizado pela Revista Carta na Escola e a Ong Ação Educativa. O Projeto prevê o desenvolvimento de ações educativas para conservação e preservação dos recursos hídricos da APA Lago do Amapá.

O Projeto é desenvolvido por professores, alunos e moradores do entorno da escola em parceria com os órgãos governamentais do meio ambiente e a Associação de Moradores e Produtores do Amapá (AMPREA). A escola Ruy Azevedo é uma das vencedoras do referido Concurso na categoria com orçamento de r$ 10.000,00. O Projeto propõe também revitalizar o Igarapé São Pedro, a partir do plantio de mudas de plantas nativas, além de promover a limpeza de margens, leito e nascente. E ainda a formação de uma equipe de agentes ambientais que realizarão campanhas educativas para preservação do ambiente na comunidade local.

A escola conta atualmente com 240 alunos distribuídos em 3 turnos, nas modalidades Pré, Ensino fundamental e EJA.

O lançamento foi realizado na sexta, dia 20 de fevereiro de 2009, ás 15 h – na Escola Ruy Azevedo localizada na Estrada do Amapá, km 05 – Ramal do Gurgel.

Contato: 3221-1010 / 9978-0884 Valquírio F da Silva (Gestor)





PROJETO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

TEMA: RECURSOS HÍDRICOS

TÍTULO: A água que a gente quer

I – APRESENTAÇÃO

Os documentos resultantes dos grandes encontros internacionais sobre o meio ambiente sempre apontam a educação como processo vital para mudanças de valores e atitudes em relação ao meio. Estes documentos chamam atenção para o desenvolvimento de políticas educativas. Enfatizam, ainda, a necessidade de uma educação ambiental permanente, nos âmbitos formal (escolar) e não formal, com trabalhos interdisciplinares e contextualizados, com vistas não só para a educação, como para a sustentabilidade e melhoria da qualidade de vida da comunidade local.

Essas abordagens visam formar e desenvolver uma consciência critica, com fortalecimento e aumento de compreensão necessária para a busca de soluções dos problemas ambientais presentes no entorno dos educandos. No tocante a contextualização fica explicitada uma Educação Ambiental voltada para a comunidade. Dessa forma, as ações educativas devem conduzir a adoção de compromissos e empenho coletivo para a busca de soluções de problemas reais e vividos, utilizando o meio ambiente como recurso pedagógico.

Nessa perspectiva o Projeto “A água que a gente quer” tem como proposta geral o desenvolvimento de ações educativas voltadas para o conhecimento e conservação de ambientes, especificamente os recursos hídricos, ligados a APA -Lago do Amapá e, em particular o Igarapé São Pedro. Prioritariamente, o Projeto objetiva em suas várias etapas, não só trabalhar os conceitos, os procedimentos e os valores voltados para a educação no ambiente, mas formar e capacitar os alunos, professores e colaboradores da comunidade local, fortalecendo-os e incentivando-os para atuarem como agentes ambientais na conservação/preservação dos mananciais (recursos hídricos) e melhoria do local onde vivem.

O Projeto “A água que a gente quer” será desenvolvido pela Escola Ruy Azevedo, localizada na Estrada do Amapá – km 05, em parceria com a AMPREA, APA - Lago do Amapá e outros colaboradores (SEMA, IMAC, SEMEIA, UFAC, IBAMA e ONG”s).

II – JUSTIFICATIVA

A temática ambiental parecia, até pouco tempo atrás, moda ou capricho de alguns ambientalistas. Com o passar do tempo, os problemas ambientais aumentaram e o Planeta deparou-se com a poluição e contaminação das águas e do ar, desaparecimento de ecossistemas naturais e, mais recentemente, o aquecimento global. Esses são alguns desafios que comprovam que nosso cuidado com o meio ambiente tem sido insignificante. Estamos diante de questões que determinam a sobrevivência da vida no Planeta, inclusive a nossa.

Percebemos que a humanidade tratou da natureza como se não fizesse parte dela, pois a exploração irracional dos recursos naturais visando o lucro em curto prazo tem levado a destruição, sem precedentes, dos recursos naturais do Planeta, principalmente, os recursos hídricos.

Em meio a essa problemática, observamos que a integridade dos mananciais (igarapés, córregos, fontes, aquífero) do Amapá está ameaçada. No entanto, apesar do estado de urgência em que estamos a comunidade do Amapá não está envolvida com a proteção/preservação dos seus recursos naturais como um todo, nem mesmo com seus mananciais (igarapés, córregos, fontes, aquífero). O Projeto visa alertar e sensibilizar alunos e comunidade acerca das problemáticas ambientais nas quais estão inseridos, bem como demonstrar a importância da preservação da integridade de seus recursos hídricos, como um bem de todos e essencial para que a comunidade tenha o mínimo de qualidade de vida no presente e no futuro. Nesse contexto, o Projeto se propõe, principalmente, revitalizar o Igarapé São Pedro localizado próximo a Escola Ruy Azevedo, pois se encontra, atualmente, em estado de degradação

APLICAÇÃO DO PRINCIPIO DE SUSTENTABILIDADE

O principio de sustentabilidade se evidencia no Projeto pelo fato de que parte do processo educativo para ações práticas em relação as questões ambientais envolvendo dos recursos hídricos um bem da comunidade local que está sendo explorada no presente, mas que a geração futura também terá acesso a esse recurso tão precioso. Porém, isso somente acontecerá caso os habitantes de hoje preservem os recursos hídricos disponíveis na localidade. O projeto formará e capacitará agentes ambientais que desenvolveram o trabalho de sensibilização da comunidade local em relação aos problemas ambientais causados pelos dejetos e lixos lançados no solo e nos mananciais, desmatamento das margens dos igarapés e queimadas da mata nativa.

O Projeto oportunizará aos participantes (Agentes Ambientais) uma bolsa remunerativa concedida pela Secretaria do Meio Ambiente e o serviço remunerado de catadores de lixo utilizando carroças o qual será pago Prefeitura Municipal de Rio Branco. Alem disso, o Projeto garantirá o sucesso das atividades de plantação de hortaliças hidropônicas, extração de água mineral, piscicultura e outras já desenvolvidas na comunidade do Amapá utilizando-se os recursos hídricos. Daí, a preocupação com a exploração dos recursos hídricos de forma sustentável.

III – OBJETIVOS

- GERAL

· Desenvolver ações educativas voltadas para o conhecimento e conservação de ambientes ligados a APA – Lago do Amapá, especificamente os recursos hídricos.

- ESPECÍFICOS

· Formar grupos de observadores do meio ambiente no Amapá;

· Fazer educação ambiental com alunos, professores e moradores do Amapá, voltada à proteção dos recursos hídricos;

· Sensibilizar a comunidade acerca da importância de conservação de seus mananciais através das idéias dos educandos;

· Identificar os possíveis poluentes dos mananciais através da percepção dos próprios educandos envolvidos no Projeto;

· Desenvolver diversas habilidades cognitivas, tais como a observação, reconhecimento, identificação, classificação, medição, registro e comunicação no contexto da Educação Ambiental;

· Realizar oficinas que permitam o levantamento de questões problematizadoras, disparando discussões e encaminhando os trabalhos;

· Dar um enfoque especial ao estudo da qualidade das águas dos rios, igarapés, córregos, aquífero e outros mananciais relacionando com a vida e saúde do homem, identificando a transmissão de algumas doenças através deste veículo;

· Limpar as nascentes, as margens e o leito do Igarapé São Pedro;

· Reflorestar as margens do Igarapé São Pedro através do plantio de açaí, buriti, palmeiras e plantas próprias do local;

· Fazer um mapeamento e relatório do lugar em que está localizado o Igarapé São Pedro visando a obtenção de dados e informações;

· Incentivar a autonomia e iniciativa dos alunos, principalmente na busca de soluções para os problemas ambientais local;

· Montar uma rádio escolar volante para o trabalho de sensibilização da comunidade;

· Buscar parcerias com os órgãos competentes na questão ambiental, Ong’s, empresas, ambientalistas, técnicos e outros;

· Fazer a coleta do lixo usando meios de transportes viáveis e adequados a realidade da comunidade (por exemplo, carroças);

· Mobilizar os Órgãos competentes (SAERB, DEAS, EMBRAPA) na questão de saneamento básico para a construção de vossas sépticas nas residências visando a prevenção de doenças causadas pela contaminação dos lençóis d’água;

· Compreender que a destruição dos mananciais, o desperdício de água, a invasão das matas na beira dos igarapés e exposição do lixo comprometem negativamente a qualidade de vida e o futuro do local em que vivemos.

IV – METODOLOGIA E LÓGICA DA INTERVENÇÃO

O Projeto “A água que a gente quer” considerado como um projeto piloto, será implantado no Bairro do Amapá, situado as margens do Rio Acre e cortado pela Via Verde, localizado na Cidade de Rio Branco. O Bairro, objeto do trabalho, faz parte da APA – Lago do Amapá.

Entre as várias características observadas, verificou-se que o Bairro não tem água encanada, não apresenta rede de esgoto nem sistema de tratamento dos dejetos humanos, nem tampouco recolhimento sistemático do lixo, exceto na Via principal, o que gera diversos problemas ambientais, como descarga de esgotos nos mananciais ou fossas negras que contaminam os lençóis d’água, deposição de resíduos sólidos nas águas e em terrenos baldios, desmatamento e queimadas.

Será designada a Escola Ruy Azevedo como sede para condução e coordenação do Projeto. Os grupos de participantes serão compostos de alunos, professores, moradores e colaboradores de outros Órgãos ou Ong’s. Estes grupos serão submetidos a uma capacitação e formação de agentes ambientais através de oficinas constituídas por uma serie de atividades relacionadas ao estudo do ambiente local, enfocando temas pré-determinados, mas flexíveis, podendo atender demandas e interesses dos aprendizes. As oficinas serão desenvolvidas, em parte pelos professores da escola (principalmente a ecotecária) e por técnicos e ambientalistas convidados pela coordenação do Projeto.

Após a realização das oficinas será realizado o trabalho de campo, momento em que se fará o mapeamento e levantamento de dados e informações necessárias para o conhecimento da realidade local. Em seguida, fazer um relatório e divulga-lo para toda comunidade, como passo inicial, de sensibilização e conhecimento das problemáticas ambientais relacionadas aos recursos hídricos, existentes no Bairro do Amapá. Paralelo a isso, iniciará uma série de palestras e debates junto a comunidade local sob a condução dos Órgãos do Meio Ambiente.

Serão também realizadas campanhas com distribuição de materiais gráficos e informativos/educativos realizadas pelos alunos da escola utilizando para isso a rádio escolar volante que percorrerá todos os ramais situados no Bairro. A realização dessa campanha através da rádio escolar volante será permanente e mobilizará toda a comunidade e colaboradores nas questões ambientais contidas nesse Projeto.

Uma outra etapa do Projeto, focará a revitalização do Igarapé São Pedro através da limpeza das margens, leito e de sua nascente. Também se fará o plantio de mudas de açaí, buriti, palmeiras e outras espécies de plantas que fazem parte da flora local. Nessa etapa, a cooperação de todos os envolvidos no Projeto será de suma importância por se tratar da parte prática e objetiva da intervenção proposta no Projeto. Os parceiros e instituições voltadas para o meio ambiente terão sua participação mais efetiva no momento das ações para revitalizar o Igarapé São Pedro sendo uma das finalidades do Projeto. Um outro resultado esperado é que educandos e moradores do Bairro tomem consciência dos problemas ambientais e se apropriem de conhecimentos, dentro de uma visão educativa, sustentável e de mudanças de atitude, permitindo que eles possam se tornar agentes multiplicadores, assegurando uma prática transformadora na comunidade.

V – IMPLANTAÇÃO DO PROJETO

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Atividades

1ª quinz.

2ª quinz.

1ª quinz.

2ª quinz.

1ª quinz.

2ª quinz.

1ª quinz.

2ª quinz.

1ª quinz.

2ª quinz.

1ª quinz.

2ª quinz.

Contatos institucionais: IBAMA, SEMEIA, SEMA, IMAC, Prefeitura.

X

Elaboração do material de divulgação do Projeto para escola, comunidade e instituições parceiras.

X

Reunião para envolvimento e planejamento com as famílias da comunidade

X

Convidar os técnicos ambientais para realização das oficinas.

X

Reprodução de materiais gráficos para realização da oficinas.

X

Formação e capacitação dos monitores ambientais através de oficinas

X

X

X

X

Inicio do trabalho de campo: Mapeamento e levantamento de dados e informações do local

X

Fazer um relatório com os dados coletados e divulgar para a comunidade visando a sensibilização.

X

Montar uma rádio escolar volante para o trabalho de sensibilização e divulgação das ações do Projeto.

X

X

1ª Etapa do processo de revitalização do Igarapé: limpeza da nascente do Igarapé

X

X

2ª Etapa: limpeza das margens e do leito do Igarapé

X

X

X

X

3ª Etapa: reflorestamento das margens do Igarapé.

X

X

Etapa final: divulgar os resultados do Projeto a comunidade local e a população através da impressa, panfletos, vídeos documentários, cartilha.

X

V – PLANILHA DETALHADA DE CUSTOS

Item/mês

Total

50%

40%

10%

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

16 h de serviço de trator

4.000,00

x

x

26 cópias de apostilas para as oficinas

130,00

x

x

2 banners (medindo 100x0,80 cm c/ arte)

200,00

x

x

30 Camisetas c/ slogan do Projeto.

510,00

x

x

2 Faixas (méd. 3mx0,5m)

160,00

x

x

5 Conj. Para jardim

110,00

x

x

5 Enxadinhas p/ plantio

60,00

x

x

4 Enxadas

80,00

x

x

2 Tesoura p/ jardim

40,00

x

x

2 pás

50,00

x

x

3 Facão 128

60,00

1 boca de lobo

60,00

x

x

1 carro-de-mão

90,00

4 pares de bota 7 léguas

100,00

x

x

1 bota longa

150,00

x

x

8 baldes de 20 L

120,00

x

x

5 regadores de 10 L

60,00

x

x

1 Caixa de Som

800,00

x

x

1 microfone c/ fio

150,00

x

x

5 DVD’s virgem

40,00

x

x

10 CD’S virgem

30,00

4 placas informativa em aluminio

200,00

x

x

Reprodução de 60 Cartilhas educativas em papel reciclado sobre o Projeto.

1.800,00

x

x

300 panfletos informativos

600,00

x

x

Produção de um documentário (vídeo) sobre o desenvolvimento e resultados do Projeto

400,00

x

x

Total Geral

R$ 10.000,00